Outro avariamento
Moto é um perigo.Um perigo. E do jeito que se dirige, em Porto Velho, uma porta para a eternidade. Quem bebe, como eu, nem pensar em dirigir quanto mais andar de moto. É que nem velho se equilibrando em arame: queda certa. Aconteceu na Carlos Gomes. O motociclista tentou ultrapassar entre dois carros e se estrepou. Tava lá o corpo estendido no chão. Testemunha de tudo a loura. Vi, de longe, e perguntei para ela de pé ao lado de uma cadeira: -O avariamento foi por grossura ou comprimento? E ela, sem pestanejar: -Os dois! Nem queira saber como dói! Não quis de jeito nenhum! Há formas estranhas de ser feliz! Zé Dirceu, por exemplo, gosta de prolongar o martírio. Porém não vai ter jeito. É que nem ônibus da UNIR: uma hora chega. Nem me fale, nega, nem me fale de sapo! Não quero papo! Só um dinheirinho do Banco do Brasil! Aceito qualquer cinco mil! E barbudo lembra logo Fidel. É puro fel. E da vida quero mel. Com álcool. Se não tiver Cururu serve Jamel!