O Mal é da Idade
Depois que li crônica do “linguarudo” Rubens Coutinho que disse que “o primeiro passo para se revolver um problema é admitir sua existência”, ou seja, que “Negar é protelar, é omitir-se, é enganar a si e aos outros”, não tive mais dúvidas: admito. Esta dorzinha na mão, este torcicolozinho é veieira! O que não me impede de debochar dos meus próprios problemas. Se já faço isto com a falta do meu empreguinho por que não com a idade? Assim vou logo lembrando da velhinha que pegou o seu velhinho, após 60 anos de pretensa fidelidade, tremendo em cima de uma velhinha bem mais velha e bem mais feia. Inconformada perguntou: “O que é que ela tem que eu não tenho?”. E o velhinho incontinenti: “Mal de Parkinson!”. Tremo eu, mas não a mão que assina o cheque ou a provisãozinha de fundos! E tem aquela do velhinho vibrando porque o médico conseguiu dar um remédio que ocasionou a elevação do defunto. E a vêinha: “Vamos, filho, vamos rápido!”. E o vêio: “Cê acha que depois de tanto tempo vou gastar esta com ôce?”. Por essas coisas é que se paga advogado! Pode ser da Roça, mas tem que ser dobrado!